domingo, 5 de junho de 2011

1/2 forma de ver o mundo

  É domingo e eu estou saindo de casa com pressa, pelo menos é assim nos primeiros 3 segundos em que saio do meu portão. Desacelero o paço e percebo que o dia la fora sugere um pouco mais de calma.O céu esta cinzento hoje, um frio agradavel corre abraçado ao vento e poucas pessoas se aventuram na rua.
  Minha condução não demora a chegar e ao entrar percebo um motorista bem tranquilo e relaxado com meio cigarro na boca e o tom de contentamento com o trabalho em pleno domingo. Ele me pergunta se pode entregar-me o troco depois  e eu  concordo imediatamente cruzando o obstáculo a frente.
   Já acomodado ao assento com o violão ao meu lado observo o mundo lá fora, tudo parece estar exatamente no lugar que deveria. Crianças encontrando a felicidade em um pedaço de açúcar que logo logo derreteria, trabalhadores no seu dia de descanso encontrando a paz em uma cerveja gelada e  na reunião dos amigos num dia de calma em comum. Observo a fila de uma churrascaria lotada de famílias dispostas a fazer algo diferente no domingo e em meio ao meu fascínio com o mundo la fora percebo o condutor da minha jornada pedindo ao colega que passava com a condução na direção contraria o favor de trocar-lhe algum dinheiro, e o companheiro de jornada logo lhe oferece o pouco troco que tem   ressaltando o espírito de paz e colaboração entre comparsas de empresa. Acendendo outro cigarro o motorista me da o troco que me faltara, meu ponto de chegada já esta próximo e nem preciso sinalizar tal evento. O motorista parece já saber pra onde estou indo, e gentilmente, eu agradeço-o pela atenção e piso fora da minha condução de outrora agora confiando em meus pés pra me levar no resto do caminho... A única coisa que consigo pensar ao sair e respirar fundo a brisa gelada de uma cidade nova é que "tudo está em paz nesse domingo"

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Fluxo do Tempo

  Dia após dia a única certeza que podemos ter sobre o tempo é que ele não para. Todos envelhecemos e consequentemente amadurecemos (uns mais do que outros).
  No inevitável fluxo do tempo somos apenas estações passageiras que se repetem cada vez com mais intensidade... Os olhos ficam mais cansados, os pés mais trémulos, a calma se vai com mais facilidade, porém, as atitudes mudam e alguns sonhos até se realizam.
 Prolongamos nossos frutos e aos mais novos deixamos o nosso precioso mundo que acaba por "mudar" nas mãos de cada geração. Pra mim essa mudança nunca acontecera de forma tão perceptível ou talvez, eu pense assim apenas por pertencer a geração anterior... De qualquer forma existe uma certa saudade de tempos anteriores quando achava as coisas mais "belas" e menos "bonitas". Futebolistas jogavam com mais garra e a nossa querida pátria era temida da linha de fundo às laterais do mundo, quando musica ruim era vaiada e não se tornava parte da "família" e quando muitos jovens não pareciam estar num prostibulo por um pouco de popularidade ou mero e ilusório status.
   Meu pai me disse certa vez que as coisas mudam, que é normal sentir saudade do passado. Hoje percebo que seus olhos tinha algo mais do que pequenos conselhos ao seu filho, pude sentir nele a saudade que vejo em mim hoje de tempos em que as coisas certas tinham mais valor do que as erradas.
   O que posso fazer? sou escravo do tempo como todo mundo, sujeito a ele como qualquer outro mortal. Posso apenas reclamar e com o que tenho fazer do meu tempo algo útil como escrever estas palavras e dizer que vou fazer algo melhor do meu tempo e deixar pra quem passar por aqui alguns pensamentos simplórios e talvez até presunçosos sobre como não devemos nos perder no tempo.